O comportamento das exportações da cidade de São Carlos tem sido acompanhado pela ACISC, com objetivo de tornar evidente os efeitos do conflito comercial entre Brasil e Estados Unidos. Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior para o mês de agosto e o período de janeiro a agosto estão comparados para os anos de 2024 e 2025.

O valor exportado de São Carlos para os Estados Unidos mudou em agosto de 2025. Nesse mês, a cidade exportou US$16.395.646 milhões para os Estados Unidos, frente a US$7.441.442 em agosto de 2024. O aumento correspondeu a 120% entre o mesmo mês desses dois anos. 

As exportações totais da cidade para o resto do mundo, de janeiro a agosto de 2024, atingiram o valor de US$321.616.784,00 milhões de dólares. No ano de 2025, a cidade exportou US$392.186.795 nos oito primeiros meses do ano. Em termos de quilogramas, o peso total embarcado de janeiro a agosto de 2024 foi de 30.275.314 quilogramas. Em 2025, o total de janeiro a agosto atingiu 26.922.052 quilogramas. Apesar de menor quantidade, as receitas cresceram em 2025.

As exportações para os Estados Unidos não sofreram ainda os efeitos das tarifas, pois em 2025 a cidade exportou 23% a mais em quilogramas de janeiro a agosto quando comparado ao mesmo período de 2024.

Em valores nominais, a cidade exportou para os Estados Unidos US$138.712056,00 em 2025, frente a US$73.219.252,00, (de janeiro a agosto para os dois anos), ou seja, um aumento de 89% das exportações. Com esses dados, observa-se que a disputa por mercados parece dominar o cenário internacional. 

Em termos nacionais, é importante observar o relatório da Secretaria de Comércio Exterior que afirma: “Até a 1º Semana de Setembro/2025, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -25,4% em Agropecuária, que somou US$ 1,01 bilhões; queda de -14,0% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,24 bilhões e, por fim, crescimento de 4,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 4,12 bilhões. A combinação destes resultados levou a queda do total das exportações. A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce (-13,0%), Café não torrado (-28,4%) e Soja (-31,8%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-50,3%), Minério de ferro e seus concentrados (-13,4%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-26,0%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-23,4%), Celulose (-24,4%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-34,8%) na Indústria de Transformação”. 

“Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de queda, os seguintes produtos registraram aumento nas vendas: Arroz com casca, paddy ou em bruto ( 380,7%), Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados ( 34,4%) e Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras ( 29,3%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados ( 86,2%) e Linhita e turfa ( 19,8%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (60,9%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais ( 31,0%) e Veículos automóveis de passageiros ( 66,4%) na Indústria de Transformação”.

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