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INFORMATIVO ECONÔMICO ACISC – junho de 2021

Por Núcleo de Economia da ACISC

 

PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA – Publicação do IBGE feita em 09/06

A produção industrial brasileira registrou recuo no mês de abril frente a março de 2021 em -1,3%. Os resultados divulgados no dia de ontem, 09/06, pelo IBGE são importantes para estabelecer referências sobre a capacidade produtiva para os empresários do setor industrial e, também, dos demais setores produtivos.

Se é fato que houve recuo em comparação ao mês de março, a Tabela 1 oferece uma visão mais ampla, que inclui também outras comparações, por Estados brasileiros e com relação a outros períodos.

A produção industrial cresceu 34% em relação ao mês de abril de 2020; aumentou em 10% no acumulado do primeiro quadrimestre do ano de 2021; e no período dos últimos 12 meses, o crescimento foi apenas de 1,1%.

Os últimos 12 meses são uma referência bem importante para o empresariado nacional, para formação de referências. Há fortes evidências de flutuação acentuada da produção industrial, em função do consumo das famílias brasileiras ter sido reduzido também. Além disso, a renda média brasileira tem ficado estável ou reduzido nos grandes centros urbanos e isso dificulta o potencial de consumo.

Como informa o IBGE os Estados brasileiros apresentaram comportamentos diferentes, como demonstrou a análise do Instituto. Na série com ajuste sazonal, nove dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas. Bahia (-12,4%) e Região Nordeste (-7,8%) tiveram as quedas mais intensas. Ambos tiveram seu quinto resultado negativo, acumulando perdas de 31,8% e 17,1%, respectivamente.

Goiás (-3,6%), São Paulo (-3,3%), Pernambuco (-2,4%) e Santa Catarina (-2,0%) também recuaram abaixo da média nacional (-1,3%), enquanto Ceará (-1,2%), Mato Grosso (-1,1%) e Minas Gerais (-0,9%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas em abril.

Por outro lado, Amazonas (1,9%) e Rio de Janeiro (1,5%) tiveram as maiores altas no mês, com o primeiro marcando a segunda taxa positiva consecutiva e acumulando no período ganho de 11,0%; e o segundo eliminando parte da perda de 5% verificada no mês anterior. Espírito Santo (0,9%), Pará (0,3%), Rio Grande do Sul (0,3%) e Paraná (0,2%) assinalaram os demais resultados positivos em abril de 2021.

No acumulado do ano de 2021 (janeiro-abril), frente a igual período do ano anterior, a expansão verificada na produção nacional alcançou 10 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (24,4%) e Rio Grande do Sul (20,5%). Paraná (18,1%), Ceará (17,7%), Amazonas (17,2%), São Paulo (16,4%) e Minas Gerais (14,4%) também registraram taxas positivas mais acentuadas do que a média nacional (10,5%), enquanto Pernambuco (9,4%), Pará (3,8%) e Espírito Santo (1,7%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção no índice acumulado no ano.

A Bahia (-16,3%) apontou o recuo mais intenso no índice acumulado do ano. Goiás (-6,4%), Mato Grosso (-6,3%), Região Nordeste (-1,4%) e Rio de Janeiro (-1,3%) também mostraram taxas negativas no indicador acumulado do período janeiro-abril de 2021.

O Estado de São Paulo, segundo os números acima, cresceu mais do que qualquer outro Estado brasileiro. A expansão de 16,4% nos quatro primeiros meses do ano, frente ao mesmo período de 2020, é importante para arrecadação, emprego formal, sustentação da renda média das regiões administrativas e cidades, como São Carlos.

Para são Carlos, a indústria apresentou-se empregadora nas divulgações do CAGED, mais do que outros setores produtivos da cidade.

Sobre os subsetores industriais, é importante destacar que em abril de 2021 com relação a abril de 2020, a produção de:

- Eletrodoméstico cresceu 8%;

- Parafusos, alumínios, artefatos de ferro e aço para indústria automobilística e uso doméstico cresceu 7%;

- Pneus, tubos plásticos e acessórios para a indústria automobilística cresceu 6%;

- Cerveja, chope e refrigerantes, no conjunto, cresceu 5%;

- Cimento, ladrilhos e azulejos tiveram expansão de 4%;

- Artefatos, peças fundidas e produtos siderúrgicos cresceu 3%;

- Bens de capital, agrícola e construção civil expandiu em 2%;

- Automóveis, caminhões e tratores, expandiram no conjunto 1%.

Para o ano de 2021 o destaque de crescimento foi para: 1) tintas, vernizes, inseticidas e fungicidas para agricultura, +8%; 2) eletrodoméstico e linha branca, +7%; 3) parafusos, esquadrias e balas para revólveres, +6%; 4) Pneus, tubos plásticos e peças para automóveis, +5%.

No conjunto, a indústria revela diferenças regionais importantes e a necessidade de um plano nacional para o desenvolvimento do setor retomar o padrão de competitividade internacional.

 

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