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Informativo Econômico ACISC: Empreendedorismo e Trabalho

As mudanças institucionais no mercado de trabalho no Brasil promoveram a reflexão sobre ocupação e empreendedorismo. No universo das ocupações pesquisadas na Pesquisa por Amostra Domiciliar Contínua do IBGE, as atividades de empregadores e de trabalhadores por conta própria com CNPJ ganharam evidência por expressarem uma forma de empreendedorismo. Muito dessas atividades nascem no Comércio Varejista. Mas, há um conjunto de características da atividade empreendedora que podem fortalecer a ação empresarial quando melhor compreendidas e contribuir com empresários de outros setores. Nosso Informativo desta semana procura explicar um pouco o tema empreendedorismo.

As evidências mais detalhadas sobre o tema estão contidas no Global Entrepreneurship Monitor[1] que levanta o empreendedorismo no Brasil e no exterior por oportunidade e necessidade. A pesquisa bienal apresenta características comparáveis das atividades empreendedoras entre os países e suas medidas de desenvolvimento.

Nas universidades, a existência de Departamentos com projetos de pesquisa com potencial tecnológico também assimilaram ensinamentos e práticas empreendedoras. Com base nessas práticas, os ensinamentos procuram imprimir um conjunto de comportamentos de liderança e independência mais expressivos dentro da formação do indivíduo.

Para explicar um pouco o conceito utilizamos Klein (2008) que apresenta três versões para o comportamento empreendedor[2]. O ocupacional considera o empreendedorismo como o indivíduo que trabalha para si mesmo e alia ao seu comportamento elementos de aprendizado da escolaridade.  O estrutural trata do indivíduo e seus esforços para desenvolver o ambiente dentro das firmas e melhorar a capacidade dessas de competição. O funcional, foco deste artigo, se caracteriza por um comportamento que busca inovação, adaptação e, de forma incessante, oportunidades lucrativas. O conceito procura fundamentar o comportamento investigativo e o estabelecimento de conexões pelo indivíduo para criar alternativas lucrativas diante dos produtos e processos produtivos já existentes.

A criação inclui um rol complexo de atributos pessoais, capacidade de estabelecer conexões sociais e de visualizar ganhos potenciais. Imaginar uma situação futura diferente da que se vive e buscar meios de alcança-la é o fundamento do comportamento funcional.

Sob esse conceito, mais pertinente a noção de empreendedorismo e de criação de oportunidades, há três etapas muito comuns aos trabalhos teóricos que investigam o tema. O primeiro se refere a ideia que se estabelece pelo convívio investigativo social ou deriva da identificação de um problema por parte do indivíduo. Essa busca por criação é constante e objetiva a geração de projetos realizáveis. O segundo comportamento é a coordenação de processos e de conexões que permitam ao indivíduo organizar a riqueza humana e não humana para explorar uma atividade econômica. A terceira é a ação empresarial.

A ação empresarial depende da visão e do julgamento do indivíduo em relação ao potencial das oportunidades que tenta criar. O empreendedor procurará converter essas oportunidades em resultados, redefinindo as trajetórias pelo caminho. Ao convertê-las o indivíduo criará uma atividade, com base no risco e com elevadas possibilidades de rupturas de processos e de produtos existentes.

Para as atividades já estabelecidas o comerciante ou empresário precisa realizar um autodiagnostico para avaliar o quanto empreendedor ele(a) continua a ser! As atividades rotineiras consomem muito da criatividade e por isso uma avaliação da capacidade de agir de forma empreendedora é importante para que o empresário renove suas ações!

 

[1] Ver Empreendedorismo no Brasil 2018. Curitiba: IBQP, 2018.

[2] KLEIN, P.G. (2008). Opportunity Discovery, entrepreneurial action, and economic organization. University of  Missouri, Columbia, Missouri, E.U.A.: Strategic Entrepeneurship Journal, p. 175-190.

 

Sobre

O Informativo Econômico é elaborado pelo Núcleo de Economia da ACISC, em convênio com o Núcleo de Conjuntura, Finanças e Empreendedorismo do Departamento de Economia da UNESP Araraquara, sob a coordenação do Prof. Dr. Elton Eustáquio Casagrande e supervisão do Presidente da ACISC José Fernando Domingues.

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