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INFORMATIVO ECONÔMICO ACISC: Deflação... Há Riscos?

Elton Eustáquio Casagrande – economista

 

O acompanhamento do nível geral de preços é feito pelo IBGE através da metodologia do IPCA. O IPCA é considerado o termômetro oficial da inflação no país, pois seu principal objetivo é monitorar a variação nos preços dos produtos de mercado para o consumidor final.

Preços de bens finais de uma economia são compostos pela estrutura de custos e despesas produtivos das firmas e que correspondem a salários, preços dos insumos e de matérias primas, estrutura tributária, preços de serviços especializados e taxa de câmbio inclusive.

Três elementos são decisivos para a formação de preços: 1) a demanda por bem e serviços; 2) a oferta e a capacidade instalada das empresas; 3) o comportamento dos preços internacionais (taxa de câmbio).

A estabilidade de preços é desejada por que a sua previsibilidade permite a manutenção de contratos e de seus índices estabelecidos. Quando as variações de preços são muito fortes há dificuldades para se estabelecer contratos de compra e venda, ainda mais, quando os prazos de produção são mais longos. A expectativa do preço final a vigorar pode ser um problema para o ato de produção.

Quando os preços aumentam muito e de forma persistente a reposição dos estoques passa a vigorar com base no preço de reposição. O ato de produção dependerá do ajustamento do preço final ao custo de reposição das matérias primas e dos insumos.

Em situações de crise ou de recessão aguda, a preocupação deixa de ser o aumento de preços, e passa a ser a queda do nível geral de preços. A queda sucessiva do nível geral de preços é conhecida como desinflação.

Contudo, quando a variação do nível geral de preços passa a ser negativa, o movimento é conhecido por deflação. A deflação é a variação negativa do nível de preços e corresponde menores valores,  a cada período, para o conjunto de bens e serviços comercializados.

No caso da deflação a preocupação com os custos de produção também é central. O movimento de queda de preços e, portanto, de variações negativas, pode causar prejuízos rapidamente ao setor produtivo.

Os custos de produção adquiridos e pagos, por exemplo, na primeira semana de um mês, mesmo que estáveis, podem se aproximar dos preços praticados. Isso ocorre porque os preços finais de mercadorias e serviços estarão caindo. O resultado é redução e até eliminação da margem de lucros.

O avanço da deflação irá impor a redução também dos custos, mas como esses últimos são contratados antes da venda dos bens e serviços, não há como prever que os preços finais serão suficientes para saldar os comprometimentos com fornecedores, custos indiretos e despesas.

A deflação causa estagnação da atividade produtiva pela indefinição de preços e da capacidade financeira de empresas e consumidores saldarem seus compromissos. Logo, os contratos tornam-se flexíveis e imprevisíveis.

 

 

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