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Informativo Econômico ACISC (11 de março de 2020)

MERCADOS FINANCEIROS, BANCOS CENTRAIS E SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

As razões que levaram ao pânico financeiro das Bolsas de Valores no dia de ontem (09/03) com sintomas que podem perdurar já se misturam a um complexo de notícias e assimetria de informações. O epicentro não é exatamente o possível aumento dos casos de contágio viral, mas a capacidade dos sistemas de saúde dos países em tratar adequadamente a população.

Para isso é necessário prioridade de investimentos de médio e longo prazo nos sistemas de saúde. Mas também deve existir capacidade de ação imediata do sistema ao risco de contágio. Mas qual a relação desse evento com a economia e os negócios?

Em primeiro lugar, a ação para evitar o contágio viral e, portanto, a contaminação de grandes grupos de pessoas é estabelecer isolamento e quarentena. A Itália que havia anunciado ter isolado o vírus da moda de 2020 parece estar sofrendo um ataque!

O isolamento e a quarentena tem o efeito de interromper a mobilidade de pessoas inclusive ao trabalho. É como se houvesse um choque de oferta com a interrupção de atividades produtivas e, no mercado do produto, a redução da mobilidade – transporte, consumo, etc.

Dessa condição real ações prudenciais são tomadas em muitos países e naturalmente as recomendações não favorecem os planos de consumo e de investimento de empresas. Por isso, um dos principais aspectos é a redução do crédito para a expansão econômica e do financiamento.

Em segundo lugar, com a mudança do estado psicológico do consumidor no curto prazo, as perspectivas de realização de lucros são afetadas. E as empresas de capital aberto com ações comercializadas nas Bolsas de Valores são atingidas.

As expectativas de perdas ou de menores ganhos por parte das empresas podem levar a um efeito dominó nas economias, ou provocar um comportamento de “manada” de venda de ativos nos mercados. Isso certamente pulveriza a riqueza e reduz os ganhos dos portfólios, mas abre uma janela de oportunidades para compradores desses ativos e possivelmente realização de lucros no futuro próximo.

Na semana de 02 a 6 de março os Bancos Centrais dos países desenvolvidos esboçaram uma ação coordenada para atuar como emprestadores de última instância e atenderem as necessidades de liquidez de suas economias. A ação coordenada é a expressão da solidariedade internacional existente no sistema financeiro para evitar desequilíbrios de fluxos de capitais entre países. A ação coordenada demonstra prontidão das Autoridades Monetárias em resguardarem seus sistemas monetários, com base na coordenação. Isso é o maior grau de segurança ao sistema que se pode esperar.

Em síntese, as decisões de investimento e consumo são adiadas e, no caso do Brasil, o efeito pode manter a economia com atividade não muito diferente do último trimestre do ano passado. O foco sobre a gestão do capital de giro das empresas deve ser redobrado por parte dos gestores financeiros e o acompanhamento das expectativas dos consumidores também.

 

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