Os empresários Marcos Antônio “Madureira” Moreira e Célia Donizetti Scarpe, homenageados pela Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), respectivamente, como Comerciante do Ano e Comerciante Homenageada do Ano de 2025, participaram nessa semana de entrevistas nas rádios Jovem Pan, Sertaneja e São Carlos FM.  

Nesta quinta-feira, 10, a entrevista aconteceu no jornal Primeira Página no Ar e foi marcada por emoção, bom humor e relatos inspiradores de superação e persistência.

Logo na abertura do programa, os empresários demonstraram gratidão pelo reconhecimento e pelo espaço. “Agradeço, juntamente com a Celia, essa honra. Estar aqui é um privilégio. Fiquei encantado com a estrutura da rádio”, comentou Marquinho. Celia também se emocionou. “Fiquei muito feliz com o convite, a casa é linda. Deus abençoe vocês por nos receberem”.

Histórias de superação e raízes no comércio

Celia Donizetti Scarpe contou que começou sua trajetória como sacoleira e cabeleireira no quintal de casa. Vendeu de tudo: bijuterias, roupas, semijoias. Aos poucos, com incentivo da família, montou uma pequena loja na garagem. Foram oito anos nesse espaço improvisado até a inauguração do prédio da “Celia Presentes”, no Azulville, onde atua há 32 anos. Hoje, com sete funcionários, atende clientes de toda a cidade. “A loja era afastada, mas as pessoas atravessam São Carlos para ir lá. Isso me emociona”, afirmou.

Já Marquinho, mineiro de origem, chegou a São Carlos após uma expedição comercial por cidades do interior paulista. Apaixonado pela cidade, inaugurou sua primeira loja aqui. Hoje, com 105 unidades em três estados (SP, MG e RJ) e 2 mil colaboradores, ele administra três lojas em São Carlos — e prepara a quarta no bairro Cidade Aracy. “São Carlos é minha casa. Aqui começou tudo. E aqui eu quero encerrar minha história — mas que demore bastante”, brincou.

Tragédia que virou combustível

Marquinho relembrou o episódio mais marcante da sua vida comercial: o incêndio que destruiu sua loja em 2023. “Cheguei lá, vi tudo queimando... mas não chorei. Escutei zum-zum, gente dizendo que eu tinha botado fogo pra pegar seguro. Nem seguro tinha. Deus me deu força. E o mais importante: ninguém se feriu”, contou. Ele revelou que, mesmo com a dor, preferiu olhar para frente. “Minhas chamas continuam acesas. Acesas para o bem. Levantei-me com a ajuda de amigos, clientes e fornecedores.”

Ele revelou que o prédio incendiado, na Rua Episcopal, pode voltar a ser usado no futuro. “Ainda tenho vontade de voltar para lá. Era a loja dos meus sonhos. Mas não tenho pressa. Vai depender também do meu irmão, que é meu sócio”, contou.

Desafios e transformações

Celia também enfrentou desafios ao sair da garagem de casa e construir uma loja maior em um bairro considerado, à época, afastado. “Chorei muito no dia da mudança. Mas com panfletagem, carro de som e muito trabalho, os clientes foram junto comigo. Fiz festas para crianças, trabalho social por quase 20 anos. Hoje o bairro se desenvolveu e o acesso é excelente”.

Sobre os riscos e custos de manter um negócio formalizado, ela foi direta. “Não tive medo. Sempre fui de encarar. Nunca tive medo de desafio. Sempre acreditei que daria certo. E deu”.

Legado e conselhos aos novos empreendedores

Com décadas de experiência, ambos foram unânimes ao aconselhar quem está começando. Para Marquinho, o segredo é simples. “Humildade, empatia, carinho com as pessoas e amor pelo que faz. O ser humano precisa de duas coisas: carinho e reconhecimento. Quem planta o bem, colhe o bem. Foi fácil e continua sendo fácil.” Ele ainda lembrou que é preciso ter coragem para enfrentar momentos difíceis. “A vida é marcada por tragédias. Mas é na superação que a gente se reencontra.”

Celia reforçou: “Não tenha medo. Acredite em você, em Deus e vá à luta. Dentro de cada um existe um espírito empreendedor. O que construí foi com trabalho, honestidade e apoio da minha família.”

O papel da ACISC e o valor do reconhecimento

Tanto Celia quanto Marquinho destacaram a importância da ACISC na valorização do comércio local. “É uma homenagem em vida. Isso é muito bonito”, comentou o empresário. Celia complementou: “A ACISC tem muito a oferecer ao comerciante. Recomendo que se filiem. A entidade oferece suporte, serviços e reconhecimento”.

Ambos também reforçaram que a escolha dos homenageados é séria e ética. “É uma votação feita pela diretoria. Não tem nada comprado, é uma escolha muito séria. Já participei de votações quando integrei a diretoria da ACISC, na época em que o presidente era o Marquinho Martinelli”, ressaltou Celia.

Reconhecimento oficial e comemorações

Marquinho e Celia receberão oficialmente as homenagens no próximo dia 1º de agosto, às 19h, na Câmara Municipal de São Carlos, em sessão solene prevista em lei. No dia seguinte, 2 de agosto, a ACISC promove um jantar festivo para celebrar os homenageados de 2025, na Oasis Eventos, com a dupla sertaneja mais querida do Brasil: Cesar Menotti e Fabiano.

Ao final da entrevista, os dois se mostraram visivelmente emocionados. “Tô me sentindo um popstar”, brincou Marquinho. “É muita responsabilidade, não dormi direito de tanta ansiedade”, revelou Célia.

A entrevista foi conduzida pelos apresentadores do Jornal Primeira Página no Ar, que também destacaram o papel fundamental da clientela. “Nosso cliente é a nossa majestade. Sem ele, quem somos nós?”, concluiu Marquinho.

Assessoria de Imprensa
ACISC – Associação Comercial e Industrial de São Carlos

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